Por Susilaine Moraes Aquino
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), também conhecidas como Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), continuam sendo grande desafio global de saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 milhão de novos casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) curáveis são registrados diariamente no mundo. Isso inclui doenças como clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase. A prevalência média é de que 1 em cada 25 pessoas tenha pelo menos uma IST curável, com muitos casos sendo assintomáticos e, portanto, subdiagnosticados
Esses dados reforçam a importância de políticas públicas de saúde e conscientização para prevenir e tratar adequadamente as DSTs.
Essas doenças são causadas por bactérias, vírus, fungos ou parasitas que se disseminam, predominantemente, por meio do contato sexual desprotegido, mas também podem ser transmitidas de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação, bem como pelo uso compartilhado de agulhas contaminadas.
Quais são os principais riscos associados às DSTs?
As DSTs, quando não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem levar a consequências graves e, em alguns casos, irreversíveis, como:
- Infertilidade masculina e feminina: Infecções não tratadas, como clamídia e gonorreia, podem causar danos permanentes ao sistema reprodutivo.
- Câncer: Certos tipos de HPV estão diretamente associados ao câncer de colo do útero, ânus, pênis e orofaringe.
- Doenças crônicas: O HIV, se não controlado, evolui para a AIDS, o que compromete severamente o sistema imunológico. Hepatites virais, como B e C, podem evoluir para cirrose ou câncer de fígado.
- Transmissão vertical: A sífilis, o HIV e a hepatite B podem ser transmitidos da mãe para o bebê, causar sérias complicações ao recém-nascido.
- Impactos psicológicos: Muitas pessoas que convivem com DSTs sofrem com estigma, ansiedade e isolamento social.
Como se proteger contra as DSTs?
A prevenção é a estratégia mais eficaz contra as DSTs. Confira as principais medidas:
- Uso de preservativos:
- O preservativo masculino e o preservativo feminino são métodos altamente eficazes para prevenir a transmissão de DSTs, como HIV, sífilis, gonorreia e clamídia.
- Vacinação:
- A vacinação é ferramenta essencial para prevenir algumas DSTs. As vacinas contra o HPV e a hepatite B estão amplamente disponíveis e são seguras.
- Testagem regular:
- A realização periódica de exames laboratoriais é fundamental para identificar infecções assintomáticas e iniciar o tratamento o quanto antes.
- Redução de parceiros sexuais e práticas seguras:
- Manter relações sexuais consensuais e com menor número de parceiros diminui o risco de exposição a DSTs.
- Evitar o compartilhamento de objetos cortantes e seringas:
- Este hábito previne a contaminação por doenças transmitidas pelo sangue, como hepatites B e C.
Por que é importante falar sobre DSTs?
A informação é poderosa aliada na prevenção das DSTs. Embora muitas delas sejam curáveis ou tratáveis, o atraso no diagnóstico pode levar a complicações severas e impactar a qualidade de vida. Além disso, tratar adequadamente a DST reduz a cadeia de transmissão, protege não apenas a saúde individual, mas também a coletiva.
Conclusão
Investir na conscientização sobre as DSTs é compromisso com a saúde e o bem-estar. Proteger-se é mais do que escolha individual: é ato de responsabilidade para consigo mesmo e para com os outros. Previna-se, realize exames regulares e, ao menor sinal de sintomas ou exposição ao risco, busque atendimento médico. A prevenção é o caminho mais seguro para uma vida plena e saudável.
Para mais informações sobre como proteger-se, recomenda-se buscar profissionais de saúde ou acessar fontes confiáveis como a OMS e o Ministério da Saúde.
Fonte: Instituto Shen